segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Sobre "Em Busca de Iara"


Nunca fui uma pessoa totalmente ligada à política, mas de história gosto um bocado! Quando vi esse documentário disponível na TV, mergulhei de cabeça.
Em Busca de Iara relata a trajetória de Iara Iavelberg, psicóloga e professora  que resolveu largar tudo e se juntar à luta armada contra a Ditadura Militar. Ela morreu aos 27 anos em Salvador. Os militares disseram que foi suicídio, mas a família nunca aceitou essa versão.

Nascida em São Paulo, numa rica família judia, Iara se casou aos 16 anos com um médico, num típico casamento arranjado. A união durou apenas 3 anos e foi então que ela começou a se envolver com a militância política.

Através do movimento estudantil conheceu o Marxismo e militando junto ao MR-8 (Movimento Revolucionário Oito de Outubro), conheceu seu companheiro, Carlos Lamarca, comandante da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) que havia desertado do exército há 2 meses. Os dois viveram clandestinamente em diversos "aparelhos" pelo país.

A viagem, em junho de 1971, feita por Carlos e Iara do Rio de Janeiro até a Bahia, foi a última vez que estiveram juntos antes da morte de ambos. Iara  separou-se dele em Feira de Santana, depois indo para Salvador, enquanto Lamarca seguiu para o interior baiano.

Prefiro não relatar mais nada, porque o documentário cobre bastante a respeito dessa fuga para a Bahia e sua consequente morte no "aparelho" onde estava vivendo escondida com mais alguns companheiros do movimento revolucionário.

O Documentário tem a direção de Flávio Frederico e o roteiro, produção e entrevistas do documentário ficam por conta de Mariana Pamplona, sobrinha de Iara.

Independente da visão que eu ou você tenha acerca da luta armada revolucionária, esse documentário é um ótimo "livro de história" para quem se interessa sobre o assunto. Como todo relato que mostra apenas mais uma versão dos fatos, também deve ser visto com um olhar crítico.

Vejam o trailer:

Iara Iavelberg

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