Nesse último final de semana, um espírito caseiro baixou em mim. E como o Netflix é o melhor amigo nessas horas, foi a ele que recorri.
O que vou dizer agora vai chocar muita gente... Ou não... De qualquer forma é algo que chocava até a mim mesma: nunca li, ou assisti Lolita. Joguem suas pedras.
Apesar de ser familiar com a história - quem não é? - ainda não tinha encontrado dentro de mim a vontade genuína para me entregar ao enredo.
A verdade é que tenho baixada a versão do Stanley Kubrick (1962) há alguns meses, mas nem mesmo isso havia me motivado.
Pois bem, enquanto espiava as opções de romances no menu no Netflix, eis que o título "Lolita" me salta aos olhos. Romance? Pois é. Em todos os lugares (leia-se Google) que você pesquisa, o título de Vladimir Nabokov é classificado como um romance.
Veja bem, isso me intriga pelo óbvio: estamos falando do envolvimento de um homem mais velho com uma menina de apenas 12 anos. Isso não é romance. O nome disso é outra coisa...
Humbert desperta esse desejo por "ninfetas" depois que seu amor de infância, Annabel Leigh, morre prematuramente. Isso já é um sério indicativo de que essa fixação não é normal. Muito menos romantica.
Seu encontro com Lolita ocorre da seguinte forma: Humbert, um estudioso literário resolve se mudar para uma cidade chama Ramsdale, uma pequena cidade de New England, nos Estados Unidos. Lá, ele aluga um quarto na casa da viúva Charlotte Haze, que vive com sua filha Dolores (Lo), por quem ele se apaixona perdidamente.
Não sei o quanto posso estar enganada, uma vez que não li o livro, mas o filme sugere um erotismo imenso no relacionamento de Humbert e Lolita e é isso que me incomoda quanto à classificação "romance".
Assisti a versão de 1997 e posso dizer que é um filme excelente! A história é perturbadora. Aliás, a história é composta de personagens bastante perturbados. Charlotte, mãe de Lolita é uma mulher carente e desesperada, Lolita é uma menina mal criada, rebelde e sem limites e Humbert é um homem atormentado pela paixão doentia que nutre pela pequena Dolores. Tudo isso grita DRAMA aos meus olhos.
De qualquer forma, a conclusão que pude tirar de tudo isso é que: quero, preciso e pretendo ler o livro.
Assisti tanto ao filme do Kubrick quanto o de 1997, que foi o que eu gostei mais. Jeremy Irons e Dominique estão maravilhosos. Eu tentei ler o livro também, mas achei muito chato na época... talvez hoje eu tivesse mais paciência. Mas concordo com você, é difícil pensar como um romance uma história de pedofilia... é que o narrador é realmente muito convincente e ele vai te capturando na mentalidade doentia e apaixonada dele, por isso parece um romance. É em primeira pessoa, então acaba se passando dentro da cabeça dele - na qual tudo é mesmo um romance e não um crime. Mas a única coisa chata é que em ambos os filmes a Lolita é loira e, pelo que eu me lembro, no livro ela é morena, de pele queimada, meio latina eu acho... fora que parece que a Dominique tinha mesmo uns 17 anos quando começou aos testes/a gravar o filme de 97 haahha! :P
ResponderExcluirFiercekrieg
Também nunca assisti. E agora esse post fica gritando pra mim, ASSISTA!
ResponderExcluirEntão, ASSISTA! ;-)
ExcluirLolita está na minha lista de desejos de livros, e eu ei de ler esse ano ainda! rsrs
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