quinta-feira, 27 de março de 2014

Sobre: 'Carrie'


Assisti Carrie há alguns anos. Tanto a primeira versão (1976) quanto a de 2002. Apesar de ser uma história do gênio Stephen King, não acho um terror magnífico. Mas, por alguma razão, esse é um filme que te cativa e que te deixa de alguma forma, perturbado. 
Quando soube do remake, fiquei empolgada com a chance de levarem o filme a um outro nível de terror e fazer jus a um clássico como esses. Confesso que os últimos remakes que assisti foram um tanto decepcionantes. 
Bom, Chloë Moretz foi escalada para assumir o papel principal e fiquei meio na dúvida, porque achei ela bonitinha demais pra interpretar a estranhíssima Carrie White. Essa foi uma das mais agradáveis surpresas: a atuação dela é muuuuito boa e consegue transmitir sim toda a personalidade bizarra da garota. Na versão de 2013, a mãe de Carrie é ninguém menos que Julianne Moore.

*SPOILER ALERT* 

Enfim, vamos ao que interessa:
Carrie White é uma adolescente excluída, muito tímida, atormentada e incompreendida por seus colegas de escola. A garota também começa a descobrir que tem poderes telepáticos que se manifestam principalmente em momentos de raiva ou desespero. Em casa, tem Margaret White, uma mãe extremamente religiosa (nível fanático) que impede a garota de viver uma vida normal e é a principal fonte de perturbação de Carrie. 
Meu primeiro problema com o filme foi ver que trouxeram a história para os dias atuais: celulares, internet, redes sociais... Pra mim isso descaracteriza imensamente o enredo e deixa difícil de compreender certos desconhecimentos de Carrie, que tinha acesso a tudo isso (ainda que só na escola).  
Por exemplo, alguém que estuda em uma escola pública e faz pesquisas na internet teria extrema facilidade de saber o que é uma menstruação. Aliás, isso no primeiro filme já é incompreensível, porque, aloooou aulas de Biologia. Mas enfim, deixaremos isso passar. 
Por falar nela, a cena icônica de Carrie "virando moçinha" (hahahahaha) no chuveiro do colégio foi de um exagero imenso! Nunca vi alguém sangrar tanto assim. Acho que ela tinha ótimas razões pra se desesperar como fez. Foi chão, toalha, roupa de outras meninas... Era uma baita hemorragia, isso sim!
Por fim, os clichês americanos extremamente forçados também me desagradaram. Aquele típico High School de Meninas Malvadas, sabe? Achei tão desnecessário que deu preguiça.
Tentei enxergar além disso, aproveitar boas atuações e saborear um clássico renovado. Muita coisa é ótima no filme: bons efeitos, atuações, caracterização... Tudo isso é muito bem feito. Com exceção da modernização da história, o filme chega a ser bastante fiel ao original de 76. 
O mais interessante nesse filme, é que diferentemente de outras histórias do gênero, você torce pelo personagem que lhe causa a tormenta. Eu adooooro a vingança da Carrie hahahaha... Acho uma ótima mensagem anti-bullying diga-se de passagem.



No final, Carrie, uma menina frágil e estranha, se transforma em monstro que mata seus "inimigos" e também pessoas inocentes. Mas todo mundo sabe quem foi responsável por essa transformação e consegue de alguma forma compreender o que está acontecendo. Carrie nos dá pena, pois passou uma vida inteira sendo vitimada por seus colegas e sua própria mãe.

Um comentário:

  1. To pra assistir esse filme faz um tempão, ainda não vi a versão original, mas todo mundo diz que é muito superior a essa. Só que quero ver principalmente porque Ansel, o Gus de tfios, está nele, confesso. Mas, também porque essa história é um clássico dos clássicos e preciso conhecer, né. Enfim, vou ver se assisto a versão original primeiro e depois esse e tiro minhas conclusões.
    Beijoss

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