terça-feira, 25 de março de 2014

Sobre 'Blackfish'


Me lembro como se fosse ontem, quando aos 5 anos de idade visitei a Disney World junto com minha mãe e irmão e foi uma experiência inesquecível! Mesmo com a pouca idade (quem se lembra do que estava fazendo aos 5 anos?), consigo recordar bastante do que vi nos parques. Uma das minhas maiores é do show que assisti no SeaWorld. Na época inclusive, acho que a baleia Tilikum (baleia responsável por 3 mortes) já estava no parque.
Quando soube do documentário Blackfish, fiquei relutante em assistir, porque sabia que ia me impressionar. Se tem uma coisa que acaba comigo, é assistir algum tipo de maldade com seres tão inocentes como os animais. 
Ontem finalmente bateu a coragem para assistir e entender melhor toda a história por trás dos espetáculos com as Orcas do SeaWorld.
Tilikum (a baleia que mencionei acima) é o centro do documentário e sua vida em cativeiro começa em 1983, quando foi capturado na Islândia e levado a um parque em Victoria no Canadá. Lá, Tilikum era perseguido por outras baleias (o "cardume"(?) de orcas é muito matriarcal e o macho tende a ficar mais afastado, o que era impossível dentro de um tanque tão pequeno). Depois de um incidente que culminou na morte de uma treinadora, o parque fechou e Tilikum foi transferida para o SeaWorld em Orlando, Flórida. Lá, em 2010 (se não me engano) Tilikum matou outra treinadora: a experiente Dawn Brancheau e antes disso, um homem que supostamente teria invadido o parque a noite e entrado no tanque da orca. Em seu habitat natural, uma baleia assassina nunca feriu um homem. 
Não quero entrar em detalhes do documentário, para evitar spoilers àqueles que ainda querem assistir ao filme, mas garanto que não existe uma pessoa sequer que não vai se entristecer com a história de Tilikum e outras baleias do SeaWorld. É de abrir os olhos e parar para refletir do porquê nos sentimos no direito de prender animais enormes em pequenos tanques e usá-los para nosso próprio entretenimento. 
O SeaWorld alega que seus animais não são capturados e sim nascidos e criados em cativeiro. O parque também é responsável pelo resgate de animais marinhos e outras ações de preservação. Ainda sim, é preciso discutir melhor o uso de animais em shows que colocam em risco a vida daqueles que os treinam e diminuem consideravelmente a qualidade de vida dessas orcas. 
O trailer dá pra ter uma boa noção do que esperar do documentário, mas ainda sim, assistir o filme é um soco no estômago que perdura pelos seus 87 minutos e além:

#FreeTilly

2 comentários:

  1. Parece sensacional! Vou querer assistir. "Em seu habitat natural, uma baleia assassina nunca feriu um homem"

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  2. Há algum tempo eu li um texto que falava sobre o filme e ainda dava alguns dados e informações sobre esses animais. Fiquei chocada! Procurei um link para assistir ao filme e, infelizmente, não encontrei. Agora, deparo-me com um post referente ao filme. Tem todo um universo de reflexão que ronda situações como essa. Uma das questões inerentes ao assunto é a de que nem sempre procuramos saber o que há por trás do que faz parte da nossa vida, mesmo que em forma de entretenimento.
    Cara, gosto pra caramba do teu blog e ler um post como este só me faz pensar em que boa ação eu fiz ao te seguir. Haha Bj

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