Quarta-feira passada finalmente fui ao cinema assistir A Menina Que Roubava Livros. Estava aguardando esse filme com muita ansiedade e achei que nem fosse conseguir vê-lo no cinema. Mas, no final das contas arranjamos um tempinho e partimos para o shopping.
Como eu havia dito neste post, queria muito ter conseguido concluir o livro até a data de estréia do filme, mas infelizmente não consegui :( Na verdade não abandonei o livro, mas ainda estou trabalhando nessa leitura.
Ao contrário do que segue a opinião da grande maioria, não achei que não ter terminado a leitura do livro a tempo de assistir o filme tenha me prejudicado. Pelo contrário, as reações que o filme me causou em trechos que eu ainda desconhecia foram muito espontâneas e acho que isso ajudou com que eu me apaixonasse ainda mais pela história. E, ter assistido o filme também não cessou em nada a minha vontade de concluir o livro... Pelo contrário, me deixou ainda mais curiosa!
Sei que todo mundo que acompanha blogs já deve ter lido uma média de 100 resenhas sobre o filme na blogsfera, maaaas, eu não gostaria de deixar essa história passar em branco por aqui.
Quem é familiar com o livro, sabe que se trata de um exemplar um tanto denso, então já cheguei ansiosa para ver como fariam para compilar toda aquela história num filme que não nos cansasse ou nos perdesse durante o enredo.
Durante as horinhas que passei sentada no cinema, posso dizer com toda honestidade que fui (agradavelmente) surpreendida em diversos pontos da história. A casa de Hans e Rosa era EXATAMENTE como eu havia imaginado ao ler a descrição do livro. Acho que nem eu mesma poderia ter trazido à realidade aquilo que imaginei, com tanta maestria!
Desde a minha primeira visita a Berlim, em Julho de 2010, a história do Nazismo e seus personagens me conquistou. A partir dessa data, sempre procurei ler livros, assistir filmes e documentários a respeito dessa mancha na história não só da Alemanha, mas de toda a humanidade.
Ainda que se tratando de mera ficção, A Menina que Roubava Livros consegue traduzir toda a sensibilidade de um período extremamente cruel e sombrio. Você vive toda a ansiedade e insegurança da época junto com Liesel, sua família muito especial e seu fiel amigo Rudy.
Aliás, a figura de Rudy que no livro em alguns momentos me causa uma certa "preguiça", me conquistou de vez no filme! Conseguiram retratar uma amizade tão linda, fiel e sem interesses que é de desmanchar o coração. Virei #TeamRudy pra sempre rsrsrs
Hans e Rosa Hubermann também se tornaram personagens extremamente próximos àqueles que construí na minha imaginação. Ele aliás, rouba seu coração logo de cara e, Rosa, vai te conquistando aos pouquinhos e se tornando até um personagem cômico em determinados momentos. Suas grosserias chegam a contagiar o público. É difícil julgá-la, vivendo numa época de crise extrema e sem grandes perspectivas... Quem não ficaria um tanto ranzinza? Também é lindo ver a relação entre ela e Liesel sendo construída aos poucos enquanto uma conquista a outra, cada uma com seu jeito.
Salvo pequenos detalhes que acabaram ficando de fora do filme e nos deixaram sem mais explicação (possivelmente consequência da tentativa de resumir um livro tão detalhista), o saldo final foi muito positivo. Um filmão de muitas estrelas!
Não tinha ouvido uma resenha desse livro além do pessoal falando que tinha chorado e essas coisas.. Eu gostei bastante do que você escreveu e me deu mais vontade ainda de assistir o filme, e eventualmente, ler o livro. Só tenho que me preparar psicológicamente porque como choro meio que em tudo, imagino que nenhum líquido do meu corpo irá existir no final da sessão.
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